O sistema de Pastejo Rotacionado é uma
estratégia de manejo intensivo da pastagem que visa aumentar a produção
animal por unidade de área através do incremento da taxa de lotação e
utilização da forragem.
O bom desempenho desse sistema, depende de
práticas que respeitem a taxa de lotação da pastagem (número de animais
por área) e períodos de descanso (período sem pastejo) de acordo com o
ritmo de crescimento da forragem, tais ações garantem que o pasto permaneça produtivo por maior período de tempo.
O Pastejo Rotacionado consiste no uso de pelo menos dois piquetes que são submetidos a períodos de ocupação e de descanso. O período de descanso garante a rebrota para o próximo período de pastejo com a ausência de animais, já no período de ocupação ocorre o consumo e o crescimento da forragem simultaneamente. Este sistema de manejo possibilita o controle da desfolha e rebrota da planta, aumenta a eficiência da utilização da forragem, aumenta a produção e qualidade da forragem em função do controle de crescimento, evitando longos períodos de rebrota e deterioração das estruturas das plantas.
Alguns fatores devem ser considerados na implantação do Pastejo Rotacionado:
– Demanda de pastagem: Dependendo da idade e do peso do animal há uma taxa de consumo de matéria seca por dia.
– Período de ocupação: deve obedecer aos limites de altura ou área
foliar da planta para entrada e saída dos animais, garantindo a
qualidade da forragem e quantidade remanescente de planta para que não
haja comprometimento para o próximo pastejo.
– Período de descanso:
deve levar em conta as condições climáticas (época do ano- duração do
dia, chuvas e temperatura), fertilidade do solo, adubação e biologia da
planta, sendo que na época do verão as gramíneas tem seu desenvolvimento
favorecido e aumento na produção.
Cada espécie apresenta um tempo mínimo para restabelecimento de reservas, já o tempo máximo em que a planta deva ser desfolhada depende do tempo de vida da primeira folha formada após a rebrota. Períodos de descanso muito longos podem significar perdas de matéria seca que não foi consumida e gastou grande quantidade de insumos e água para ser produzida, além de caracterizar ineficiência no sistema.
Outro aspecto a ser considerado é dimensão dos piquetes que deve obedecer a uma divisão agronômica/zootécnica da pastagem, considerando não apenas a topografia, mas a oferta de forragem, as condições do terreno e o número de animais. Além disso, dentro do projeto de manejo intensivo com piquetes deve-se planejar corredores, bebedouros, cochos para sal e suplementação e áreas de descanso.
O sistema de Pastejo Rotacionado assim como a nutrição adequada, irrigação e utilização de cultivares de forragens produtivas, são estratégias que o pecuarista deve utilizar para incrementar sua produtividade.